Literatura porto-riquenha

A literatura porto-riquenha é o corpo de literatura produzida por escritores de ascendência porto-riquenha. Evoluiu da arte de contar histórias oralmente. Obras escritas pelos habitantes indígenas taínos de Porto Rico foram originalmente proibidas e reprimidas pelo governo colonial espanhol depois da chegada dos europeus em 1493.[carece de fontes?]

Durante as festas de Natal do ano de 1843 se publica o primeiro Aguinaldo porto-riquenho, livro que poderia servir de presente de Natal ou "aguinaldo" imitando um costume europeu em boga na época. O título do libro sugere que é uma coletânea ou antologia de “aguinaldos”, entendendo-se estes como canções de tema natalino. Em realidade é uma série de colaborações ou ensaios em verso e prosa, que nada tem a ver com Natal, escritas pelos porto-riquenhos Francisco Pastrana, Mateo Cavailhon e Alejandrina Benítez, um desconhecido M. A., entre outros escritores da Espanha. Em 1844 aparece o Álbum porto-riquenho; obra composta de dois ensaios em prosa e quarenta e nove em verso de cinco estudantes porto-riquenhos em Barcelona, entre eles Manuel A. Alonso e Santiago Vidarte. Estes queriam manifestar mediante este trabalho, além da emoção e o agradecimento que sentiam pela aparição do Aguinaldo porto-riquenho, seu amor pela ilha e que em Porto Rico sim se cultivava a literatura. Em 1846, com quase todos os mesmos autores do anterior, aparece um novo Aguinaldo porto-riquenho e os mesmos responsáveis do Álbum porto-riquenho publicam em Barcelona o Cancioneiro de Borinquen com trinta e sete composições ou poemas.[carece de fontes?]

A importância de estas obras é que são as iniciadoras de uma literatura que podemos chamar porto-riquenha e cujo primeiro grande exponente será o livro El Gíbaro de Manuel A. Alonso, publicado em 1849. Na sua obra, Alonso intenta fotografar os costumes e as tradições de Porto Rico de 1849, como também expressa sua crítica sobre elas. Numa época em que se considerava às Antilhas como um "lugar desértico" por sua pouca produção literária, já que nada mais eram reconhecidas por o comércio ou como um lugar onde se ia unicamente a buscar riquezas, Alonso introduz um libro dividido em encenas onde cada uma é uma estampas das antigas tradições porto-riquenhas. El Gíbaro da começo ao progresso e à preservação da cultura porto-riquenha por médio de una comunidade letrada.[carece de fontes?]

A literatura porto-riquenha começa durante o século XIX, quando se promovem e publicam as obras de distintos escritores, poetas e romancistas. Um dos autores fundamentais de esta etapa inicial é o dramaturgo Alejandro Tapia y Rivera, promotor da cultura porto-riquenha e pioneiro dos estudos sobre a história do drama, a novela e o ensaio, que se destaco por seu romanticismo literário; suas obras incluem La Palma del Cacique e Cofresí o Vasco Núñez de Balboa. Outro autor importante do século XIX em Porto Rico foi José Gautier Benítez, poeta e igualmente romântico, autor de poemas como "Porto Rico, a Ausência e a Volta" ou "O Canto a Porto Rico".[carece de fontes?]

Também merece figurar entre os fundadores da literatura porto-riquenha Eugenio María de Hostos, autor de obras filosóficas e políticas como A Peregrinação de Bayoán, Tratado de Sociologia, o ensaio Romeo e Julieta ou Juízo crítico de Hamlet, e uma das figuras mais ilustres e importantes de Puerto Rico e da América Latina durante a época das Guerras de independência hispano-americana. Ao final do século XIX surgem escritores como José de Diego, precursor do movimento modernista e líder político, um dos melhores poetas porto-riquenhos, defensor da cultura e da língua espanhola, educador e poeta, autor de obras como Sor Ana, Jovillos, Pomarrosas, Cantos e Rebeldia, A Laura, Cantos de pitirre e Folhas e flores.[carece de fontes?]

Depois que os Estados Unidos invadiram Porto Rico durante a Guerra Hispano-Americana e a ilha foi cedida aos Estados Unidos como condição do Tratado de Paris de 1898, escritores e poetas começaram a expressar sua oposição ao novo domínio colonial escrevendo sobre patriotismo.[carece de fontes?]

Com a diáspora porto-riquenha do início e meados do século 20 e a subseqüente ascensão do Movimento Nuyorican, a literatura porto-riquenha continuou a evoluir e muitos porto-riquenhos se destacaram como autores, poetas, romancistas, dramaturgos e ensaístas.[carece de fontes?]


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